Li uma notícia que achei muito interessante e fez-me questionar se seria capaz de fazer o mesmo:
“ Todos os domingos Ed Casabian pega na mochila e no saco de roupa (onde guarda um fato, mudas para duas semanas, e uma cama insuflável). Após despedir-se dos anfitriões que nos últimos dias o acolheram, atravessa a cidade em direção a outros. Quase sempre é gente desconhecida. A estadia foi marcada antecipadamente a partir do seu blogue NYC Nomad , (o nómada de Nova Iorque), onde a espera já vai longa. Os termos são sempre os mesmos. Ed não paga renda, mas cozinha e faz outras tarefas em casa. Além disso, convida os anfitriões para jantares e saídas à sua conta.
Desde que ele começou o seu périplo, nunca lhe faltou sítio onde ficar, e a diversidade impressiona. Conforme explica, tanto tem ficado em apartamentos de luxo como num de um quarto onde viviam duas raparigas (uma delas com o namorado) e dois cães. O seu objetivo declarado de conhecer gente de "idades, raças, religiões, orientações sexuais e situações económicas" o mais variadas possível está a caminho de ser atingido.
Ed tem 29 anos e é analista financeiro. Oriundo do Massachassetts, mudou-se para Nova Iorque a fim de viver com a sua namorada de há muito tempo. Mas a relação não resistiu. Quando Ed deixou o condomínio que partilhavam, estava em mau estado e perguntou-se o que é que tinha feito mais feliz. Resposta: viajar e conhecer gente nova. Como não era exequível passar a vida em viagem, resolveu tentar uma experiência equivalente na cidade onde vive e trabalha.
Inicialmente a ideia era ficar dois meses nesse regime. Vendo a receptividade que tinha, resolveu passar o Verão. Do Verão passou para um ano inteiro. Neste momento já viveu em trinta bairros e tem 'encomendas' para inúmeros outros. Os lugares que deverá habitar nas próximas semanas incluem um barco e a casa de uma família colombiana."
Não deixa de ser interessante poder conhecer vários locais em tão pouco espaço de tempo. Conhecer pessoas, culturas e costumes todas as semanas, mas estar tanto tempo longe de casa, das minhas coisas e do meu cantinho acho que não conseguia. Preciso do meu espaço para recarregar baterias, preciso do meu espaço para não me esquecer das minhas origens e preciso do meu espaço para reencontrar o meu Eu. Um espaço que me dá segurança, conforto e bem-estar. Um espaço que é meu e que ninguém invade. O meu espaço!
E é tão bom o sentimento de regresso a casa depois de algum tempo fora!
Gabo-lhe a determinação e a coragem. A determinação de fazer algo com que sempre sonhou e deixar tudo e todos para trás, pensar somente nele. A coragem de arriscar viver em casa de alguém que nunca conheceu. Apesar de tudo, traz com certeza uma mala cheia de experiências, vivências e recordações. Gostava de ser mais aventureira!
"Difícil, aterrorizadora, interessante, excitante" são as palavras que usa para descrever os seus próprios sentimentos em relação à ideia que teve e que tão bem sucedida está a ser.“
Tenho ideia que eu e esse senhor fariamos uma grande dupla :P.
ResponderEliminarlololol!!!
E tao bonito falar.se da boca para fora, chega a hora da verdade e as coisas sao mais como tu propria dizes. A necessidade de ter os nossos por perto, de ter o nosso cantinho, o nosso momento o nosso espaço, que todas as vantagens dessa vida nomada perde um bocado a força e o significado.
Esse senhor e um louco com sucesso. lol.
Ha poucos assim...
Mas la esta.. em Nova York é o pais que da mesmo para tudo... ha tanta diversidade de pessoas e gostos que pronto...
Mto bom post, Paulinha.. .deixou-me aqui a divagar :P
Deixo a pergunta no ar.. "Quando é que fazemos um Interrail mesmo?!"
:P
Hehehehe
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