sábado, 10 de julho de 2010
ReLaÇõEs
As relações são complicadas e dão trabalho...
Hoje apetece-me falar de relações.
Todos nós já vivemos uma relação, seja ela qual for.. curte, namoro serio, namoro de brincadeira, coisas de uma noite, de um dia, de um mês.. de dois ou três... coisas de anos....
Quando é que sabemos que uma relação termina verdadeiramente?
Quando olhamos e percebemos que já não gostamos dessa pessoa, mas amamos tudo o que construímos com ela? Amamos cada pedacinho de riso, cada sitio onde fomos,cada foto que tiramos. Amamos cada postal que trocamos, cada surpresa que vivemos, cada jantar que fizemos, cada amigo que jurou ir ao nosso casamento.... cada palavra e promessa que fizemos...
Quando é que percebemos realmente que temos de seguir em frente?
Quando encontramos outra pessoa? Quando nos focamos no mau que a relação teve no passado? Quando nos zangamos e deixamos de poder encarar e conviver com a pessoa que esteve lá e nos fez feliz?
Porque que é que tanta gente defende que ex-namorados não podem ser amigos. E quando 2 ex-namorados se encontram existe conotação sexual por trás....
Eu não sei... só sei que sempre me dei bem com quem entrou e saiu da minha vida....*
A questão é que... fala-se, fala-se, fala-se.... mas seja para um lado seja para o outro não é nada fácil viver, alimentar, terminar ou assumir uma relação.
E acima de tudo não é nada facil voltar a amar alguem depois de uma relaçao duradoura.. .se é que é possivel voltar a amar... e se é que é possivel amar 2, 3 ou 4 vezes.
Sempre disse e acreditei que AMAR, AMAR, só se ama uma vez na vida, uma pessoa, aquela e não outra. Sempre disse que as pessoas estão destinadas umas para as outras e que "aconteça o que acontecer" elas vao acabar por ficar juntas.
Considero que esta visão pink das coisas... desmoronou.se.
Nós gostamos de quem gosta de nos, de quem fica do nosso lado a toda e a qualquer hora.
A quem ligamos de noite a chorar as 3hr da manhã e pedimos que nos oiça e que fique do nosso lado. Que nos dê a mão e que não se vá embora....
Amamos quem tem tempo para nós... amamos quem quer viver no nosso tempo, quem nos traz felicidade a toda a hora, quem nao nos abandona nos problemas, quem sente a nossa falta, quem nos deseja, quem deseja que o tempo parasse e tudo ficasse assim... ali ... suspenso na eternidade como se não existisse mais nada.
Ou então.. amamos o impossível. O que sabemos que não da certo, o que queríamos com todas as nossas forças que desse certo, o que mesmo anotando todos os prós e contras acabamos por arranjar uma merdice para nos agarrar e fingir que há mais, que não terminou, que ainda tem pernas para andar, que poderá dar a volta e tudo se encaixar.... Não será também uma forma de amar? [Aí entendo quando Ornatos Violeta canta : "O amor é uma doença.. onde nele esperamos ver a nossa cura.."]
Eu... Eu.. "Não sei nada sobre o amor" como diz a Júlia Pinheiro que conta uma historia de 4 gerações, mães e filhas... que casaram, tiveram filhos... e no final... concluem que não sabem o que é o amor... e se é que chegaram a amar...
Há quem tenha facilidade em amar, há quem tenha facilidade em partir para outra, há quem parta para outra e nunca esquece o passado, há quem aceite o passado de uma forma "tranquila" e consiga encontrar a paz interior... há quem tem pressa para reencontrar o amor com o "medo" de estar sozinha, há quem espere que o amor simplesmente aconteça.... há quem viva um amor e nunca o diga... há realmente de tudo.
Não é triste isto? As vezes procurarmos o "Amor" na vida e depois concluir que afinal... afinal nao amamos assim tanto e devíamos ter amado mais, arriscado mais, ter ignorado pessoas e opinioes, ter partido a luta ou ter ficado quietinhos no nosso canto..
A complexidade das relações fascina-me. A forma com que cada pessoa lida com a sua relaçao, a alimenta, a constrói, ou a destrói.
Todos sabemos que somos humamos, todos já erramos, todos já perdoamos.... e todos no final... só queremos ser felizes....
As relações servem para isso.. para nos trazer momentos de felicidade, companhia, diversão, carinho, apoio....
Não há relações perfeitas e nunca haverá, mas fascina-me... este tema.
Felicidades para todas as vossas relações... e que liguem sempre o "descomplicador" quando as coisas parecem não ter compustura.
:) * * *
E acima de tudo... Amem-se !! *
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Ora bem.
ResponderEliminarAntes de mais. Amar pode amar-se de diversas maneiras.
Amar os pais? Os irmãos? Não!
Estou a falar de amar no sentido de querer uma relação amorosa com essa pessoa. Sim! É possível amar de maneiras diferentes, com diferentes intensidades. O amor é tão somente uma palavra... É o conjunto de uma série de componentes que no fundo também eles não passam de palavras. Palavras que tentam descrever sentimentos. Mas quem consegue descrever sentimentos? Quem consegue descrever qualquer sentimento? Tudo é diferente dependendo do ângulo pelo qual se vê.
Relembrando a Física do 12º ano... todos nós estamos em movimento. Qual? Depende do referencial.
Assim é o amor. Ele depende do referencial. É impossível encontrar respostas absolutas para perguntas tão complexas como as que colocas neste texto. Cada situação tem um pormenor que pode mudar totalmente a sua resposta.
Devemos valorizar sempre, sempre os bons momentos passados, as memórias. No entanto nunca devemos agarrar-nos a isso esquecendo que podemos ter mais desses, diferentes, não insistir nos mesmos.
Lá porque um 11 ganha um jogo de futebol, não quer dizer que esse mesmo 11 ganhe o jogo seguinte. Até porque os jogadores vão ficando fatigados.
Analogias parvas as minhas. As primeiras que me vêm à cabeça. E dou-me conta que este comentário já quase dava para um texto no meu blog.
Reafirmo no entanto que não há respostas absolutas para perguntas tão ambíguas como as que estão colocadas neste post. Cabe a cada pessoa avaliar, sentir, decidir e seguir em frente! Ou para o lado. Para trás não e muito menos ficar parado no mesmo sítio.
Girem sobre vocês, olhem para baixo e para cima, e tentem seguir para onde vos para onde vos parecer haver mais luz. Mas, e porque o tempo não pára, não se esquecam: seguindo para trás podes não encontrar o que lá deixaste.
Tenho dito!